E depois do destino decidido, nada como começar a recolher elementos concretos, vulgo, orçamentos. Digamos que não foi tarefa fácil, para minha grande surpresa. Assim, peguei no telefone e tentei obter o dito orçamento depois de facultados quase todos os elementos. Para outras agências enviei mails e a outras compareci pessoalmente, na medida que o tempo livre me permitia. Na era da informação, em que o e-mail é a forma mais fácil de nos pormos em contacto uns com os outros, à excepção do telemóvel, esta forma de comunicar revelou-se ineficaz. Nunca entendi porquê. Os mails foram enviados sucessivamente e sucessivamente a resposta era que nada havia chegado. Cerca de um mês foi o tempo necessário para que um simples orçamento chegasse às minhas mãos e de uma agência, por coincidência, uma a que fui pessoalmente, o orçamento não chegou nunca, não obstante a simpatia e aparente disponibilidade do empregado. As coisas mais simples podem transformar-se em feitos inéditos neste país. Sem orçamento não podíamos fazer grandes planos, uma vez que dele dependia a aferição de custos e gastos, portanto, ficámos suspensas até os números se começarem a desenhar nos nossos horizontes. Sonhar é bom mas para que sonhar deixe apenas que o ser, há que planear, andar, palmilhar e fazer contas...